Júri popular de 7 indígenas acusados por morte de agricultor em Una é iniciado e pode se estender até a próxima segunda-feira (30)
Previsão é de que julgamento só termine na próxima segunda-feira (30). Juraci José dos Santos Santana foi morto com tiros a queima roupa e teve uma das orelhas decepadas.
O júri popular de sete indígenas acusados pela morte do agricultor Juraci José dos Santos Santana foi iniciado nesta terça-feira (24), em Ilhéus, no sul da Bahia. A previsão é de que o julgamento só termine na próxima segunda-feira (30). O crime foi cometido há cerca de nove anos, em fevereiro de 2014.
Os sete indígenas acusados foram denunciados por homicídio qualificado e cárcere privado, já que fizeram a esposa e a filha da vítima reféns. O julgamento é realizado no auditório da Justiça Federal de Ilhéus e o júri é formado por 25 jurados e 25 suplentes. A audiência é acompanhada por 55 pessoas.
Juraci era líder do Assentamento Ipiranga, que ficava no distrito de Vila Brasil, em Una, e abrigava mais de 40 famílias. Homens encapuzados invadiram a casa dele, e o renderam junto com a esposa e a filha. Ele foi executado com vários disparos e teve uma das orelhas decepada depois de morto.
Como líder de assentados, Juraci era um homem ativo e chegou a ir até Brasília junto com outros agricultores para pedir ajuda, porque as famílias não se sentiam seguras diante dos conflitos que aconteciam na época, por causa das disputas de terra com os indígenas.
No mesmo período, o Exército chegou a assumir o policiamento nos dois municípios e também em Buerarema, depois que o então governador Jaques Wagner fez um pedido de aplicação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Ministério da Justiça.
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